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LV/A - Lima Vasconcellos Advogados

A área de Operações Legais é vista hoje como peça-chave para todo escritório de advocacia e departamento jurídico superar os desafios do mercado: internacionalização,

transformação digital, competição crescente e agressiva, processamento de grandes quantidades de informação e dados e demandas de clientes cada vez mais exigentes.

Isso porque a estruturação de equipes com esse foco promete um olhar estratégico e uma melhor experiência do cliente, enquanto abre uma área de atuação completamente nova não só para advogados, mas também para profissionais com as mais diversas formações.

1 – O que são operações legais?

Operações Legais, Legal Operations ou Legal Ops. são um conjunto de ferramentas administrativas, gerenciais, tecnológicas e operacionais, com propósito de tornar o exercício da advocacia mais ágil e efetivo, conectando o Direito e diversas áreas tecnológicas e acadêmicas.

Tem como objetivo tornar a equipe jurídica mais eficiente e focada nas atividades específicas  da advocacia,por meio da inclusão de práticas e ferramentas de planejamento estratégico, tecnologia, análise de dados, gestão financeira e de projetos.

A área de Operações Legais é inerentemente multidisciplinar, congregando, além de advogados, especialistas em Finanças, TI, Marketing, Dados e Engenharia.

Sua atuação também é transversal, atuando e engajando as diversas áreas em seus objetivos.

Entre as frentes de atividades da área de Operações Legais, estão:

1.1 Dados

Usar dados quantitativos e qualitativos para identificar oportunidades de melhoria de processos da equipe legal, assim como prover dados para tomada de decisões.

1.2 Tecnologia

Potencializar a eficiência e resultados das equipes com a inclusão de ferramentas tecnológicas com foco na colaboração, processos e inteligência de mercado.

1.2 Gestão

Otimizar a alocação de recursos financeiros e capital humano, alinhando a demanda certa com o executor correto dentro da melhor estrutura. No macro cenário, libera os profissionais jurídicos de atividades administrativas e operacionais.

2 – O CLOC CORE 12

Criada pela Corporate Legal Operation Consortium (CLOC), uma comunidade global de especialistas em negócios jurídicos, o CORE 12 é um guia para a excelência operacional em temas estratégicos dentro da área de Operações Legais, que são:

  • Inteligência de Mercado: para tomar melhores decisões por meio de dados;
  • Gestão Financeira: para maximizar os recursos;
  • Gestão de Fornecedores: para desenvolver relacionamentos com fornecedores que agregam valor à empresa;
  • Governança da Informação: para projetar políticas apropriadas ao negócio e que minimizem os riscos;
  • Gestão do Conhecimento: para potencializar o conhecimento acumulado na empresa;
  • Inovação e Sustentabilidade: para construir equipes eficazes e motivadas;
  • Operações: para liberar sua equipe jurídica para focar nas atividades que realmente importam;
  • Gestão de Projetos: para apoiar programas e iniciativas especiais;
  • Gestão de Serviços: para combinar demandas e ativos estratégicos;
  • Planejamento Estratégico: para priorizar as metas certas;
  • Tecnologia: para inovar, automatizar e resolver problemas com tecnologia;
  • Treinamento e Desenvolvimento: para apoiar a equipe com formações direcionadas;

O CLOC CORE 12 prevê que cada organização defina os temas prioritários a partir de características individuais, como maturidade empresarial, atuação e recursos.

3 – O Profissional de operações legais

Com foco na eficiência dos profissionais jurídicos, a área de Operações Legais é multidisciplinar, abarcando todas as atividades de apoio à prática legal. Assim, o profissional

de Operações Legais não precisa, obrigatoriamente, ser advogado, mas ter formação em Direito e experiência prática em diferentes subáreas e mercados contribuirá para a atuação, já que pressupõe uma visão holística sobre a empresa e processos.

Além dos advogados, profissionais de outras formações já se destacam como parte das áreas de Operações Legais, são eles: cientistas de dados, que têm contribuído significativamente no desenvolvimento da Jurimetria, desenvolvedores, que têm atuado na construção de plataformas e soluções de tecnologia com foco jurídico, além de designers, analistas financeiros, relações públicas e profissionais de Recursos Humanos.

Mas a verdade é que todas as formações contribuem para uma melhor experiência dos clientes e na maturidade da equipe, oferecendo atuações especializadas para cada uma das pontas da operação.

4 – O que as operações legais podem fazer para melhorar os serviços jurídicos como um todo?

Historicamente, a área de Operações Legais só era encontrada em grandes companhias. Entretanto, nos últimos anos essa tendência vem mudando e departamentos jurídicos de todos os tamanhos em todas as indústrias estão integrando profissionais de Operações Legais.

Devolver aos advogados a prática das atividades especializadas é a verdadeira vocação da área de Operações Legais. Mas além disso, a otimização e o novo olhar para cada um dos doze temas listados no CLOC CORE 12 pode garantir também uma significativa economia de recursos, além da necessidade de um olhar brasileiro sobre o cenário jurídico.

É o que uma compilação de análises de dados conduzida pela HBR Consulting frisa: o potencial de redução de custos de um departamento jurídico pode chegar a $530 mil/ano a partir da reorganização das atividades, em uma equipe com 30 advogados e 26 outros profissionais.

Empresas com equipe de Operações Legais também já apontaram uma significativa redução de gastos a partir da estruturação da área: 73% relataram pelo menos 25% de economia.

Não por acaso, desde 2016 mais da metade (56%) dos departamentos jurídicos dos EUA já estruturaram equipes de Operações Legais, em escopos de atuação cada vez mais amplos e transversais.

Consegue enxergar o tamanho do potencial das Operações Legais no cenário brasileiro?
Fernando Henrique Ferreira de Souza é advogado no SV/A – Souza Vasconcellos Advogados, DPO e entusiasta de inovações no mundo do Direito e dos Negócios.

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